Estudar e utilizar evidências científicas sempre é o melhor
caminho para atuar na área da saúde.
A dica 3 se focará em como você utiliza evidências aceitáveis para fazer uma intervenção.
Se você vai fazer intervenção para qualquer membro da equipe
multidisciplinar, você com certeza irá adentrar um pouquinho em uma área
diferenciada. Ou seja, falar sobre experiência subjetiva com um psicólogo,
falar sobre ajuste da nutrição parenteral pelo uso de propofol.. e assim vai...
são exemplos de intervenções que você deve sempre estar embasado.
Você quer mudar o uso de um medicamento padronizado, por outro,
para evitar interações?
Ok... mas não faça de forma "intuitiva", uma hora alguém
vai te encurralar pedindo informações mais aprofundadas (médico adora te
testar), e um escorregão... e pronto, é o suficiente para a equipe perder a
confiança no que você diz.
QUER SER UM BOM FARMACÊUTICO? SINTO MUITO, MAS TEM QUE ESTUDAR!
Então vamos lá, quais são as ferramentas científicas para
fortalecer seu embasamento teórico e conseguir que sua intervenção seja aceita?
- Utilize
artigos científicos com as melhores evidências científicas existentes!
Publicações com melhores evidências são a melhor escolha. Tomadas de decisões baseadas em publicações duvidosas podem trazer risco ao seu paciente.
O farmacêutico que quer se destacar e ser valorizado deve ler no
mínimo 1 artigo por dia.
Para iniciar, utilize esse site: www.bireme.br/php/index.php
Você encontrará a Biblioteca Virtual em Saúde. Lá você tem várias
orientações para fazer suas pesquisas.
Caso tenha maior dificuldades não se preocupe, você pode procurar
a BIREME, que se localiza na UNIFESP SÃO PAULO. Lá sempre terá alguém para
auxiliar você em suas pesquisas, além de te ensinar a melhor forma de pesquisar
aquilo que gostaria.
- Utilize análise de custos
Pode parecer estranho, mas usar argumentos de farmacoeconomia ganha muitos gestores.
Você, como um farmacêutico focado no paciente, não deixará de ter
essa visão se for analisar custos. Pelo contrário. 90% das vezes que mostrei custos,
era para convencer que traria melhor impacto na saúde do paciente introduzindo
uma terapia mais barata do que a que o médico estava usando e tendo piores
resultados. As vezes o médico não altera a terapia pois acredita que ficará
mais caro, você pode mostrar que não.
Exemplo: Alguns médicos utilizam a escopolamina inalada para
melhorar secreção oral em pacientes, 1 ampola é utilizada e gasta em torno de R$1,80 (não estou atualizada com relação ao custo hospitalar deste medicamento,
porém há 2 meses era aproximadamente este custo). Alguns pacientes não
respondem muito bem devido à forma da administração.
Uma alternativa é o uso de atropina colírio, 1 ou 2 gotinhas
dependendo do paciente pode trazer ótimos resultados. O custo é de
aproximadamente 7 centavos a gota. Ou seja, é exorbitante a diferença, além
disso, esta troca pode refletir em menores episódios de bronco-aspiração e
diminuição de estadia do paciente no hospital, gerando menos custos.
Apesar do uso dos dois medicamentos ser off label, as únicas alternativas
acabam sendo estas e cabe você auxiliar a equipe nas tomadas de decisões.
Este foi um exemplo básico.
Para aprender a fazer análise de farmacoeconomia recomendo os seguintes livros:
Introdução
à Farmacoeconomia - Karen l Rascati
Essentials
of Pharmacoeconomics Points - Lippincott Williams & Wilkins
Pharmacoeconomics: From Theory to Practice - Renee J. G. Arnold
Lembrando que você pode pesquisar também em publicações de grande impacto como descrito acima (Pela BVS ou direto pela PUBMED).
Caso precisem de mais arquivos deixem sua solicitação nos comentários.
Caso precisem de mais arquivos deixem sua solicitação nos comentários.
Estudem e acreditem! Vocês são muito mais o que acreditam ser e
são capazes de dominar toda a sua prática farmacêutica!
Boa sorte nas suas intervenções!
Gostei muito da publicação. Achei ótimo.
ResponderExcluirGostei muito da publicação. Achei ótimo.
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